segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Projeto de Pesquisa

Assunto

  O Gerativismo - A Competência Linguística

Recursos Metodológicos

Tomar por base o livro Introdução Á Linguística - I. Objetos Teóricos, de José L. F. Fiorin.

Objetos de Estudo

  1. Orações formadas a partir de Deslocamento
  2. Comparações com orações da língua inglesa
Chomsky e sua Teoria Gerativa diz que todo ser humano nasce com uma área no cérebro totalmente dedicada à Linguagem, onde irá aperfeiçoá-la ao longo do tempo com a exposição a um determinado ambiente linguístico e convivendo com outros seres humanos deste mesmo ambiente. Desta forma, é a competência linguística da pessoa que julga se a frase é agramatical ou gramatical.
Tomando isso por base, a proposta científica é fazer uma análise de frases de uma dada língua para conhecer a mecânica da construção de sentenças e, após constatá-las, criar um pequeno exercício para verificar a capacidade do indivíduo de identificar frases agramaticais e apontar uma forma de tornar aquela frase gramatical.

Metodologia e Aplicação


Para Chomsky, é tarefa do linguista descrever a competência do falante. Ele define competência como capacidade inata que o indivíduo tem de produzir, compreender e de reconhecer a estrutura de todas as frases de sua língua. Ele defende que língua é o conjunto de uma infinidade de frases e que se define não só pelas frases existentes, mas também pelas possíveis, aquelas que se podem criar a partir de regras interiorizadas da língua pelo indivíduo, tornando os falantes aptos a produzir frases que até mesmo nunca foram ouvidas por ele. Já o desempenho (performance ou uso), é determinado pelo contexto onde o falante está inserido.

Trazendo esta visão para o nosso projeto de pesquisa, podemos propor que haja um estudo baseado em áudios de crianças em seu processo de adquirir a linguagem, analisando os princípios que a criança herdou de sua "língua materna" e os parâmetros que ela aprenderá com o tempo. Nesta análise pode se destacar também a forma com que a criança realiza a formação de frases e a construção de perguntas em seu cotidiano.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Plano de aula


Assunto

  Teoria dos Signos

Objetivos 

  1. Instruir o aluno sobre o que é o signo: Significado + Significante
  2. Denotação e Conotação
  3. Conceituar a arbitrariedade do signo
  4. Arbitrariedade total e motivada

Recursos Metodológicos

Tomar por base o livro Introdução Á Linguística - I. Objetos Teóricos, de José L. F. Fiorin.


1- Instruir o aluno sobre o que é o signo: Significado + Significante


-Pedir que o aluno relacione a imagem de uma "casa" com quantos nomes conseguir, para estabelecer a relação de conceitos.
Mostrar ao aluno a seguinte imagem:
Perguntar qual o nome que ele dá a imagem.
Por exemplo: Casa, moradia, cafofo, goma, Etc...

Exemplificar que embora o objeto tenha vários nomes o conceito que ele representa é o mesmo.
Por exemplo a palavra “Casa”.
A imagem acústica (Sonora/Escrita), neste caso “Casa”, é o significante que leva ao seu conceito.
Conceito de casa:
Terreno pertencente a alguém, onde tem uma construção formada de paredes, portas, teto, com ou sem janela, que serve de moradia para uma pessoa ou várias.

Se é verde, amarela, azul, se seu teto é de madeira ou metal, se tem laje ou não, se é feito de madeira ou alvenaria. Independentemente de suas variações imagináveis, seu conceito é o mesmo.

Neste caso o conceito é específico de casa.
Mas e se perguntássemos o que aconteceria se fosse adicionado mais 1 andar para essa casa?

O seu significante muda para “Sobrado”

E se fosse adicionado vários andares nesta casa? 
Tem como resultado o significante “prédio”.
A variação de significantes pode levar a conceitos aproximados, mas nunca iguais.

2- Denotação e Conotação 


Denotação: Sentido do dicionário, sentido literal.
Conotação: Sentido figurado da palavra.

Outro modo de explicar que a palavra não tem ligação direta com a coisa no mundo é o uso da conotação.
Por exemplo a palavra "Cadeira"

Cadeira é o objeto feito para se sentar. Mas, se for usado em uma outra situação (em uma festa, por exemplo) onde pode ser dita a frase:
-Mexe a cadeira!

Neste caso a palavra já não tem o mesmo sentido. Não significa que a pessoa deveria pegar a cadeira e movimentá-la, pois nessa situação a palavra toma o sentido de "dançar". Ou seja, o significante não está ligado diretamente ao objeto físico no mundo, e sim a um conceito chamado de significado que varia de acordo com a situação na qual é empregada.

3- Arbitrariedade do signo


Propor para que o aluno reflita a origem das palavras, perguntar o porquê "Casa" é "Casa" no português e “Home” em inglês?
Mostrar para ele que a escolha da palavra é arbitrária, é como uma convenção social onde alguém deu o nome as coisas e foi aceita pelas pessoas.

4- Arbitrariedade total e motivada.

Arbitrariedade total: É a palavra que foi criada sem nenhuma interferência, sem nenhuma motivação externa.

Arbitrariedade motivada: Tem uma certa relação de motivação, seja ela por derivação de uma ou mais palavras. “Homework”, por exemplo, junta dois conceitos: “Home" (Casa) e “Work" (Trabalho). Ou relações sonoras (onomatopeias).

Pedir para que o aluno reflita sobre a criação das palavras perguntando qual o som que "Cachorro", "Gato", entre outros animais fazem, para estabelecer a relação de arbitrariedade.
 
Por exemplo: podemos abordar qual a relação que a onomatopeia tem com o som e fazer a seguinte pergunta ao aluno: "Qual o barulho que o gato faz?" 
No Brasil é:


E apresentar a contradição deste mesmo som nos Estados Unidos, que é:
Explicar que ainda que motivada pelo som, imagem ou por derivação de outra palavra, sua escolha sempre será arbitrária.

 

Material de aula

Notebook, apresentação de slides em data show, lousa para escrever os exemplos que os alunos dão ao participar da aula.

Avaliação

Propor que os alunos criem frases oralmente usando palavras em seu sentido denotativo e conotativo, afim de avaliar seu entendimento de signo e sua ligação entre o significado e significante.