segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Plano de aula


Assunto

  Teoria dos Signos

Objetivos 

  1. Instruir o aluno sobre o que é o signo: Significado + Significante
  2. Denotação e Conotação
  3. Conceituar a arbitrariedade do signo
  4. Arbitrariedade total e motivada

Recursos Metodológicos

Tomar por base o livro Introdução Á Linguística - I. Objetos Teóricos, de José L. F. Fiorin.


1- Instruir o aluno sobre o que é o signo: Significado + Significante


-Pedir que o aluno relacione a imagem de uma "casa" com quantos nomes conseguir, para estabelecer a relação de conceitos.
Mostrar ao aluno a seguinte imagem:
Perguntar qual o nome que ele dá a imagem.
Por exemplo: Casa, moradia, cafofo, goma, Etc...

Exemplificar que embora o objeto tenha vários nomes o conceito que ele representa é o mesmo.
Por exemplo a palavra “Casa”.
A imagem acústica (Sonora/Escrita), neste caso “Casa”, é o significante que leva ao seu conceito.
Conceito de casa:
Terreno pertencente a alguém, onde tem uma construção formada de paredes, portas, teto, com ou sem janela, que serve de moradia para uma pessoa ou várias.

Se é verde, amarela, azul, se seu teto é de madeira ou metal, se tem laje ou não, se é feito de madeira ou alvenaria. Independentemente de suas variações imagináveis, seu conceito é o mesmo.

Neste caso o conceito é específico de casa.
Mas e se perguntássemos o que aconteceria se fosse adicionado mais 1 andar para essa casa?

O seu significante muda para “Sobrado”

E se fosse adicionado vários andares nesta casa? 
Tem como resultado o significante “prédio”.
A variação de significantes pode levar a conceitos aproximados, mas nunca iguais.

2- Denotação e Conotação 


Denotação: Sentido do dicionário, sentido literal.
Conotação: Sentido figurado da palavra.

Outro modo de explicar que a palavra não tem ligação direta com a coisa no mundo é o uso da conotação.
Por exemplo a palavra "Cadeira"

Cadeira é o objeto feito para se sentar. Mas, se for usado em uma outra situação (em uma festa, por exemplo) onde pode ser dita a frase:
-Mexe a cadeira!

Neste caso a palavra já não tem o mesmo sentido. Não significa que a pessoa deveria pegar a cadeira e movimentá-la, pois nessa situação a palavra toma o sentido de "dançar". Ou seja, o significante não está ligado diretamente ao objeto físico no mundo, e sim a um conceito chamado de significado que varia de acordo com a situação na qual é empregada.

3- Arbitrariedade do signo


Propor para que o aluno reflita a origem das palavras, perguntar o porquê "Casa" é "Casa" no português e “Home” em inglês?
Mostrar para ele que a escolha da palavra é arbitrária, é como uma convenção social onde alguém deu o nome as coisas e foi aceita pelas pessoas.

4- Arbitrariedade total e motivada.

Arbitrariedade total: É a palavra que foi criada sem nenhuma interferência, sem nenhuma motivação externa.

Arbitrariedade motivada: Tem uma certa relação de motivação, seja ela por derivação de uma ou mais palavras. “Homework”, por exemplo, junta dois conceitos: “Home" (Casa) e “Work" (Trabalho). Ou relações sonoras (onomatopeias).

Pedir para que o aluno reflita sobre a criação das palavras perguntando qual o som que "Cachorro", "Gato", entre outros animais fazem, para estabelecer a relação de arbitrariedade.
 
Por exemplo: podemos abordar qual a relação que a onomatopeia tem com o som e fazer a seguinte pergunta ao aluno: "Qual o barulho que o gato faz?" 
No Brasil é:


E apresentar a contradição deste mesmo som nos Estados Unidos, que é:
Explicar que ainda que motivada pelo som, imagem ou por derivação de outra palavra, sua escolha sempre será arbitrária.

 

Material de aula

Notebook, apresentação de slides em data show, lousa para escrever os exemplos que os alunos dão ao participar da aula.

Avaliação

Propor que os alunos criem frases oralmente usando palavras em seu sentido denotativo e conotativo, afim de avaliar seu entendimento de signo e sua ligação entre o significado e significante.

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